G20 – Proporcionalidade como tema-chave para pequenas e médias empresas mais sustentáveis
G20 – Proporcionalidade como tema-chave para pequenas e médias empresas mais sustentáveis
Evento co-organizado pelo iCS discutiu meios de enfrentar barreiras com novas regras para uma agenda socioambiental global
Organizado pelo iCS em parceria com o Instituto Itaúsa e o CDP, o evento “Transformando Relatórios de Sustentabilidade: Desafios e Oportunidades para as PMEs” reuniu representantes do G20 SFWG, o grupo de finanças sustentáveis do G20, e especialistas nacionais e internacionais para dialogar sobre barreiras nos relatórios de sustentabilidade das pequenas e médias empresas e sugerir soluções em direção ao cumprimento da agenda socioambiental.
Entre os presentes, Maria Netto, diretora executiva do iCS, Marcelo Furtado, head de sustentabilidade do Instituto Itaúsa; Claire Eldson, diretora global do CDP; Cyntia Freitas Azevedo, chefe-adjunta do Departamento de Assuntos Internacionais do Banco Central; Alexandre Pinheiro, superintendente geral da Comissão de Valores Mobiliários; Viviane Muller Prado e Gabriela Junqueira, da FGV Direito SP; e Fabro Steibel, diretor executivo do Instituto Tecnologia e Sociedade (ITS).
Maria Netto reforçou a importância do legado dessa discussão para o Brasil e enfatizou a necessidade de aumentar a participação das pequenas e médias empresas (PMEs) nas economias sustentáveis. Ela também mencionou que, ainda este ano, o iCS lançará algumas iniciativas, incluindo programas de capacitação e esforços para promover o papel das PMEs. Durante o evento, foi apresentada a publicação “Relatórios de Sustentabilidade na Era Digital: superação e desafios para PMEs e EMEDs”, documento produzido pelo ITS e pela FGV Direito SP, com apoio do iCS, e que foi submetido ao grupo de finanças sustentáveis do G20.
O primeiro painel trouxe os desafios da inclusão de PMEs na discussão de inventário de carbono e reporte ambiental, social e governança (ESG, na sigla em inglês), uma vez que essas empresas enfrentam barreiras importantes. Entre elas, menor quantidade de recursos financeiros e de pessoal, alto custo para a produção e entrega da informação, a complexidade da linguagem dos relatórios e a dificuldade de acessar e se beneficiar das finanças sustentáveis.
Para tentar solucionar os desafios de forma justa, a proporcionalidade foi tema-chave na discussão. Foram levantadas recomendações, como um relatório mais simplificado e amigável, a capacitação de pessoal (capacity building) e uma regulação baseada na proporção da empresa.
Na segunda mesa, foi discutida a importância das tecnologias e das digitalizações para uma economia resiliente, com o objetivo de fortalecer as PMEs ao otimizar sua coleta de dados e capacitar a mão de obra. Temas como taxonomia e tokenização foram abordados, bem como o tangenciamento entre a sustentabilidade e economia das empresas.
“À medida em que as demandas por sustentabilidade crescem, impactando diretamente as cadeias de suprimentos, temos de lidar, acima de tudo, com uma questão de competitividade. Se grandes empresas, que operam no Brasil, começam a aplicar diferentes métricas em relatórios, precisamos estar preparados para acompanhar esse cenário. Para isso, a digitalização se torna fundamental a fim de garantir que todos possam atender a essas exigências de maneira eficiente e competitiva”, pontuou Maria Netto.
Confira o documento apresentado no encontro: Relatórios de Sustentabilidade na era digital: Superação de desafios para PMEs e EMEDs.