Com potencial e desafios, Brasil pode ser exemplo na produção de energia sustentável

 

Com potencial e desafios, Brasil pode ser exemplo na produção de energia sustentável

Estudo do IEMA aponta aprimoramentos necessários para integrar energias renováveis ao sistema elétrico nacional

Em meta inédita estabelecida pela 28ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 28), ocorrida em dezembro de 2023 em Dubai, foi estipulado que até 2030 será necessário triplicar a capacidade instalada de fontes renováveis e duplicar os ganhos de eficiência energética global. Neste sentido, com apoio do iCS, o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), em parceria com a Coalizão Energia Limpa, lançou o documento “Integração de energias renováveis ao sistema elétrico brasileiro”, que ressalta os desafios e possibilidades da produção de energia limpa no Brasil.

Com os crescentes picos energéticos, consequência das ondas de calor cada vez mais frequentes, a demanda por energia elétrica aumentou. Exemplos desse fenômeno foram os dois recordes da demanda no país. O primeiro deles ocorreu em novembro de 2023. À época, registrou-se um consumo de eletricidade de 101.475 MW (megawatts), quebrado quatro meses depois, em março de 2024, quando a demanda de eletricidade atingiu 102.478 MW.

Para cumprir a meta estipulada pelo Acordo de Paris de não exceder o aumento médio da temperatura global em 1,5°C, a geração de energia limpa é considerada mandatória. O Brasil tem vantagem nesse processo. O clima é favorável à geração por fontes renováveis, que, excluindo as hidrelétricas, têm registrado aumento. De 2022 até agora, houve um crescimento de 89% de capacidade instalada, ou seja, de potencial de produção elétrica, das fontes eólicas e solar, que passaram a ser responsáveis por cerca de 30% da capacidade total do país.

Apesar da posição privilegiada, o Brasil ainda apresenta desafios a serem superados de modo a incluir o crescente volume de projetos de fontes renováveis – solar, eólica e biomassa – em sua matriz elétrica. Para isso, o estudo traz algumas reflexões e orientações de aprimoramentos ao sistema elétrico, entre elas aprimoramentos socioambientais, regulatórios, operacionais, de planejamento e de formação de preços.

Geração de energia eólica e solar apresentou aumento de 89% de 2022 a 2024. Crédito: Andrew Schultz/Unsplash

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